Truman Capote
3.21.2010
Poesia, poetas, poemas, poética...
3.14.2010
Uma releitura de Shakespeare
Essa é a maravilhosa tolice do mundo: quando as coisas não nos correm bem – muitas vezes por culpa dos nossos próprios excessos – atribuímos a culpa dos nossos desastres ao sol, à lua e às estrelas, como se fôssemos celerados por necessidade, tolos por compulsão celeste, velhacos, ladrões e traidores pelo predomínio das esferas; bêbedos, mentirosos e adúlteros, pela obediência forçada a influências planetárias, sendo toda a nossa ruindade atribuída a influência divina... Óptima escapatória para o homem, esse mestre da devassidão, responsabilizar as estrelas pela sua natureza de bode.
(…)
3.07.2010
Desenhos Negros
Maioritariamente constituída por desenhos a carvão em grande formato, inclui também escultura e pintura (esta integrada naquilo que Longo designa por Combines, onde mistura desenho, pintura e escultura).
Esta reunião de trabalhos “devolve-nos” a fé no desenho, no saber fazer que alguma “contemporaneidade” mais radicalizada foi subtraindo a esta disciplina, ao ponto de quase se considerar vexatóriamente académico (terrível epíteto este) um desenho figurativo, próximo do objecto que lhe serviu de modelo.
Longo sabe o que faz, e aquilo que faz é bem feito. O seu desenho é superiormente desenhado. Os trabalhos mostrados fazem parte de séries desenvolvidas com recurso a motivos recorrentes: vagas, explosões, tubarões, não deixando de fora a representação de rostos nos quais transparece uma grande serenidade não obstante a densa e inquietante penumbra que os envolve.