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Essa é a maravilhosa tolice do mundo: quando as coisas não nos correm bem – muitas vezes por culpa dos nossos próprios excessos – atribuímos a culpa dos nossos desastres ao sol, à lua e às estrelas, como se fôssemos celerados por necessidade, tolos por compulsão celeste, velhacos, ladrões e traidores pelo predomínio das esferas; bêbedos, mentirosos e adúlteros, pela obediência forçada a influências planetárias, sendo toda a nossa ruindade atribuída a influência divina... Óptima escapatória para o homem, esse mestre da devassidão, responsabilizar as estrelas pela sua natureza de bode.
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Essa é a maravilhosa tolice do mundo: quando as coisas não nos correm bem – muitas vezes por culpa dos nossos próprios excessos – atribuímos a culpa dos nossos desastres ao sol, à lua e às estrelas, como se fôssemos celerados por necessidade, tolos por compulsão celeste, velhacos, ladrões e traidores pelo predomínio das esferas; bêbedos, mentirosos e adúlteros, pela obediência forçada a influências planetárias, sendo toda a nossa ruindade atribuída a influência divina... Óptima escapatória para o homem, esse mestre da devassidão, responsabilizar as estrelas pela sua natureza de bode.
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"Rei Lear" William Shakespeare
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