Muito embora não seja muito dado a celebrações, não posso ficar indiferente a esta data.
Não me refiro à data das “aparições”, refiro-me à data de um outro tipo de aparição, aquela que tentou levar a imaginação ao poder. Não tendo saído vitoriosa na totalidade dos fins a que se propôs (propôs mesmo?) e as propostas eram tantas, a revolta de 68 teve a virtude de fazer reformular teorias, atitudes, comportamentos e, imagine-se, até políticas… como de costume, os ecos aqui, chegaram tarde, mas a verdade é que chegaram e tiveram os seus efeitos mais visiveis na crise académica do ano seguinte. A partir daí, nada seria como dantes.
Não me refiro à data das “aparições”, refiro-me à data de um outro tipo de aparição, aquela que tentou levar a imaginação ao poder. Não tendo saído vitoriosa na totalidade dos fins a que se propôs (propôs mesmo?) e as propostas eram tantas, a revolta de 68 teve a virtude de fazer reformular teorias, atitudes, comportamentos e, imagine-se, até políticas… como de costume, os ecos aqui, chegaram tarde, mas a verdade é que chegaram e tiveram os seus efeitos mais visiveis na crise académica do ano seguinte. A partir daí, nada seria como dantes.
Das coisas mais interessantes que na altura se produziram, contam-se as palavras de ordem, algumas delas verdadeiramente delirantes:
“Tenho alguma coisa a dizer mas não sei o quê”.
Por esta altura surgiram inúmeros cartazes e pichagens que veiculavam este universo de explosiva e criativa espontaneidade. Questiono-me como as coisas se teriam passado se já existissem telemóveis e sms’s, se já houvesse Internet e com ela blogs e Youtubes e também graffiteiros como os de agora, que se encarregam de “refazer” com rasgos de criatividade os muros decrépitos e degradados das cidades, como o Maio de 68 fez com a ordem estabelecida…