ENSAIO EM TORNO DE UM SAX...
… são desenhos de luz e sombra mas são também imagens fotografadas de sons.
Não de quaisquer sons, mas de sons afagantes e afagados pelos saxofones de Ben Webster, Coleman Hawkins, Gerry Mulligan, na revisitação cálida e enfumarada de “In the wee small hours of the morning”.
Mas poderiam ser outros, todos os outros, antigos e modernos, clássicos ou contemporâneos que, com o seu fraseado sensual acentuam o erótico arredondado da linha de contorno, não mais que a fronteira entre a luz e a sombra, que o instrumento prossegue quando dá livre curso ao seu embriagante improvisar.
É afinal, citando Boris Vian, “…como no jazz, o êxtase.”
Nov. 2005 / Jan. 2006
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