"Faço-lhe notar que um ser humano que não sonha é como um corpo que não transpira: armazena uma porção de toxinas"
Truman Capote

9.05.2008

Exposição na "Trama"

O nomear, o designar, são sempre insuficientes em relação ao objecto a que se referem. É sempre mais o que fica por dizer do que aquilo que já foi dito.

Que distancia separa o objecto nomeado, da palavra que o nomeia?

A ideia de desígnio e a ideia de desenho, não se excluem. Têm mais em comum do que apenas a sua origem. Desenhamos aquilo que conseguimos designar.

Que distância separa o objecto do contorno que o rodeia?

A ideia de desígnio nunca abandona o desenho, paira em torno do objecto como uma sombra, pertinente e persistente como a luz que a origina.
Tão frágeis as sombras que os objectos produzem…
Como frágeis são as palavras que usamos para os nomear. Mas é da fragilidade das palavras que emana o fascínio exercido pelo acto de designar.

Fundidos num conceito, desígnio e desenho materializam-se em objectos ao serviço de uma ideia: a da sua objectualização.