O nomear, o designar, são sempre insuficientes em relação ao objecto a que se referem. É sempre mais o que fica por dizer do que aquilo que já foi dito.
Que distancia separa o objecto nomeado, da palavra que o nomeia?
A ideia de desígnio e a ideia de desenho, não se excluem. Têm mais em comum do que apenas a sua origem. Desenhamos aquilo que conseguimos designar.
Que distância separa o objecto do contorno que o rodeia?
A ideia de desígnio nunca abandona o desenho, paira em torno do objecto como uma sombra, pertinente e persistente como a luz que a origina.
Tão frágeis as sombras que os objectos produzem…
Como frágeis são as palavras que usamos para os nomear. Mas é da fragilidade das palavras que emana o fascínio exercido pelo acto de designar.
Fundidos num conceito, desígnio e desenho materializam-se em objectos ao serviço de uma ideia: a da sua objectualização.