"Faço-lhe notar que um ser humano que não sonha é como um corpo que não transpira: armazena uma porção de toxinas"
Truman Capote

7.28.2008

Livros e... livrarias


É impossível pensar em livros, sem pensar em livrarias.

Livrarias mesmo, das verdadeiras, daquelas que vendem livros!

Existem muitas ainda, pese embora o facto de vivermos num país onde se diz “à boca cheia” que não se lê. Não sei se se lê ou não. Umas estatísticas dizem que sim, alguns estudos de mercado dizem que não. Pouco me interessa. Conheço pessoas que lêem pouco, outras que lêem muito, outras ainda que não lêem nada. Provavelmente com as outras pessoas passa-se o mesmo. Todos conhecem pessoas destes três tipos.

Quanto a frequência de espaços votados aos livros, estou a referir livros de leitura, a situação é similar. Existem pessoas que compram os livros nas grandes superfícies comerciais, outras adquirem-nos nas mega-stores, outras ainda – menos – compram-nos nas livrarias.

Livrarias mesmo, das verdadeiras, daquelas que vendem livros!

Quando penso em livrarias, penso em espaços pequenos, personalizados, e que apesar de serem pequenos e personalizados, a oferta que fazem, não é menos sedutora, nem menos quantitativa. Por vezes, nesses espaços alternativos (?!?) encontram-se pérolas que não são fáceis de descobrir nas grandes cadeias que vivem e promovem basicamente os êxitos do momento. Ainda vão existindo locais assim.

Livrarias mesmo, das verdadeiras, daquelas que vendem livros!

Quando penso em livrarias, não posso deixar de pensar na “Eterno Retorno” e na “Ler Devagar” agora reunidas na Fábrica Braço de Prata. Não posso omitir a “Letra Livre” ou a “Trama” onde se vão descobrindo algumas preciosidades ou ainda na “1870” que ainda alberga tesouros por desvendar.

Livros, livros e mais livros…

Entre os que tenho em casa, os que se encontram “estacionados” em casa de familiares e os emprestados a amigos chegados, fora os outros a que já perdi o rasto, são já muitos os livros que fui comprando. Uns escolhi-os eu, outros escolheram-me a mim…

Não é por ter imensos livros, nem estar já persuadido que não tenho esperança de vida que me chegue para ler uma pequena parte deles, que deixam de me entrar mais livros em casa. Tenho uma bizarra ideia de conforto que passa por estar rodeado de livros. Mesmo sabendo que não os vou ler todos, mesmo sabendo que nem sequer vou ler uma pequena parte deles, mas é reconfortante saber que, se precisar deles, estão ali mesmo à mão… ou nas livrarias, nas “minhas” livrarias.

Livrarias mesmo, das verdadeiras, daquelas que vendem livros!